Microcrônica
Bem-aventurados os que sonham. Chama-os Deus poetas. (A. A. de Assis)
Bem-aventurados os que sonham. Chama-os Deus poetas. (A. A. de Assis)
Infinda é a esperança. Os galos cantam ainda na aurora de cada dia. (A. A. de Assis)
Pai é pai. Para ver Adão contente, deu-lhe o máximo: a mulher! (A. A. de Assis)
Vão-se os amigos… Cada um que a gente chora deixa mais sozinho a gente. (A. A. de Assis)
“Por que não te calas?”, diz a arara ao papagaio. – Se calo, me peias.(A. A. de Assis)
Falta de aviso não foi. Brincamos de serra-serra, e o clima endoidou. (A. A. de Asss)
Tudo bem, poeta. Minha terra tem Palmeiras, mas sou são-paulino. (A. A. de Assis)
Goleiro do Galo distrai-se olhando a perua. Come um baita frango. (A. A. de Assis)
Luar no sertão. Que falta nos faz Catulo com seu violão. (A. A. de Assis)
Era um frango assado, e além de assado era assim. Teve à mesa um fim. (A. A. de Assis)
Na fila de idosos, troca-troca de sintomas. Quem não tem inventa.
Tinha um pé de pinha no quintal vizinho. Tinha. Nem quintal tem mais. (A. A. de Assis)
Manhêêê – diz o piá –, trouxe uma flor pra você. Troco por um beijo. (A. A. de Assis)
Morantes na Lua: São Jorge e o fiel cavalo, mais a solidão. (A. A. de Assis)
Nós e os nossos rios, cada qual segue o seu curso. Reencontro na foz. (A. A. de Assis)
Chuva, chuva, chuva. Dá tristeza quando falta; quando farta, assusta. (A. A. de Assis)
Matuto, matuto… chego à sábia conclusão: que matuto eu sou… (A. A. de Assis)
Abre e fecha, qual se um livro fosse. Uma borboleta. (A. A. de Assis)
Súbita rajada. Um vento espalhafatoso alvoroça as saias. (A. A. de Assis)
E agora, vovô? – Agora, nas mãos dos netos, sou que nem ioiô. (A. A. de Assis)
Quem foi que tantas matas neste mundo derrubou? O pica-pau?… (A. A. de Assis)
Que coisa gostosa o abraço quando com saudade é dado… (A. A. de Assis)
Levantar cedinho. Mens sana in corpore sano. Ouvir passarinho. (A. A. de Assis)
Um cisco no chão. Mas não era um cisco não, era uma esperança. (A. A. de Assis)
O tempo soprou e eu de mim em mim sumi. Ficou-me o não eu. (A. A. de Assis)
Na agitada esquina o guarda priprila o apito. Bem-te-vi responde. (A. A. de Assis)
Asinha quebrada, cata a pombinha na grama a sobrevivência. (A. A. de Assis)
Na foto antiga, a saudade vestida de azul e branco. Normalistas, lembra-se? (A. A. de Assis)
(Arte s/ foto do Blog Valmir Guedes)Continue lendo ›
Rua das Palmeiras. Magras, altas, belas, quais moças nas passarelas. (A. A. de Assis)
De pernas pro ar… Domingo pé de cachimbo ou pede um sofá? (A. A. de Assis)