Ontem a direção do Colégio Estadual Gerardo Braga formalizou queixa na Polícia Civil sobre o desaparecimento de objetos do estabelecimento durante o período de ocupação por parte dos alunos.
Um leitor que não perde nada acha que os alunos deveriam reocupar a escola e protestar contra a entrevista que a diretora deu à CBN Maringá, onde usou frases como “abrir as porta”, “pegar as chave que estava com os ocupante”, “portões aberto” e “não se reunimos ainda”.
No Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga, uma faixa agradece o apoio ao não fechamento da escola, a primeira de Maringá, como queria o governo Beto Richa (PSDB).
Líder do governo do estado na Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PMDB) defendeu o fechamento do Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga, de Maringá. Foi durante a sessão da última terça-feira, ao responder o deputado Evandro Junior (PSDB), que havia defendido o não fechamento da escola. “A Secretaria de Estado da Educação está racionalizando, em uma época de crise, os recursos. Na região de Maringá, o exemplo que foi dado, temos no Núcleo de Maringá 500 salas de aula vazias. É por falta de professor? Não, é por falta de alunos. Essa escola mesmo eu fui pesquisar: 95% dos alunos são transportados para escola via transporte escolar. Por quê? Porque não tem mais demanda naquela região da cidade”.
Segundo Romanelli, o Núcleo Regional de Educação “identificou, tem parâmetros” e a Secretaria de Estado da Educação “tem que fazer a implementação dessas políticas”. Segundo ele, Evandro Junior “não fez bem” quando se insurgiu quanto a possibilidade de fechar a escola.
A deputada estadual Maria Victoria Borghetti Barros (PP) divulgou hoje que é contra o fechamento do Colégio Estadual Gerardo Braga, como quer o governo Beto Richa-Cida Borghetti. “A decisão contraria a lógica, pois o acesso e a estrutura do Gerardo são melhores em relação aos demais colégios estaduais da região”, criticou, anunciando que apresentou requerimento pedindo que a decisão seja revista. A parlamentar, que integra a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, antecipou-se a eventuais críticas que são esperadas na próxima segunda-feira, quando a comissão se reúne.
Agora só falta ela participar da passeata contra o governo, que sai amanhã às 9h do colégio em direção ao Núcleo Regional de Educação.
Um dos muitos decepcionados com o governador Beto Richa (PSDB) é o Sargento Tavares, ainda mais agora com a ideia de fechar o Colégio Gerardo Braga, o mais antigo de Maringá. Gerardo Braga foi padrinho de batismo de Tavares, como mostra a lembrança acima. “Eu tive a honra de conviver com ele até os meus 17 anos, um grande amigo que eu tive nesta vida. Minha madrinha Dona Luzia de Mattos Braga, um amor de pessoa; ela sempre mandava pessoas menos favorecidas para ele atender, o que ele fazia de muito bom coração. É como você disse Rigon, nos dias de hoje muitos jamais serão igual ele pois a maioria dos seres humanos são de ambiciosos, quanto mais têm mais quer, pensam que caixão tem gavetas para levar as suas fortunas, que Deus os tenham num ótimo lugar. Esse vocês podem acreditar um verdadeiro ser humano…”.
O Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga é resultado da fusão dos grupos escolares Visconde de Nácar (fundado em 1946, quando Maringá ainda pertencia à circunscrição de Apucarana) e Castro Alves. José Gerardo Braga (na foto com a mulher, Luzia de Mattos) foi um médico mineiro que veio para cá em 46 e trabalhou combatendo a meningite e desinteria bacilar. Trabalho no Hospital Maringá, foi diretor clínico da Santa Casa, presidente da Sociedade Médica (52-53) e do Rotary Clube (53-54), além de ser candidato a prefeito em 1956 pela coligação PSD-PDC, sendo o terceiro mais votado. “Faleceu no dia 14 de janeiro de 1976, com edema pulmonar e infarto do miocárdio no Hospital Santa Rita”, informa texto histórico que acrescenta: era considerado pela população e pelos amigos um exemplo de pessoa – o que muitos jamais serão.
