De Luiz Modesto:
Coincidência ou não, o vereador Luciano Brito, o mesmo que quer dar 50 mil reais dos cofres públicos à Ordem dos Pastores para realizarem a Marcha para Jesus, que quer isentar as propriedades e imóveis das igrejas de impostos municipais, quer impôr às bibliotecas municipais a aquisição de bíblias em braille. Que a Bíblia é um livro importante, não ouso discordar. Graciliano Ramos, jornalista, ateu, romancista e comunista brasileiro, tinha como leitura preferida a Bíblia, por encontrar nela uma trama de histórias recheadas de aventuras e lições importantes para a vida. Não vejo problema algum que o nobre vereador proponha tal lei num município cujas bibliotecas públicas, em seus vastos acervos em braille de clássicos da literatura universal e nacional, não possua um exemplar da Bíblia em tal formato. (…) Fico me perguntando, qual será o tamanho do acervo público de livros em braille nas bibliotecas públicas municipais de Maringá, caro Luciano Brito? O grande questionamento não está em obrigar a biblioteca a ter livros em braille, mas sim, obrigá-la a ter apenas um livro em braille, a Bíblia.Leia mais.