Candidato diz é contra “casamento gay na igreja”

Ouvi, no horário eleitoral, o candidato Ricardo Barros dizer que é contra o casamento gay na igreja. Ora, não se fala de casamento gay na igreja (o Congresso não tem poderes)  trata-se de adotar o não o registro cívil da união entre pessoas de mesmo sexo. Ao dizer isto ele está tentando enganar os mais idosos, mas religiosos, menos esclarecidos, insinuando que há proposta neste sentido. Aliás, além do Pinga Fogo, O Diário traz uma matéria sob título  ‘Ricardo Barros se posiciona contra projetos polêmicos’ citando que ele disse na Acim que é contra a legalização da maconha, legalização do aborto e o casamento entre homossexuais.
Minha opinião: E daí? Só isto justificaria sua presença no Senado? Gostaria que se posicionasse em relação a temas como financiamento público de campanhas, tipificação como crime hediondo o desvio de recursos e a corrupção de agentes públicos eleitos ou não; reeleição apenas um vez para cargos no Legislativo e a proibção de parentes no lugar do impedido; fortalecimento do TCU, dando-lhe poderes para impedir que novos recursos sejam liberados em caso de suspeitas de superfaturamento e desvios e assim por diante.  Por favor candidato, não queira continuar engando os incautos. Só lembrando, como disse o ministro Ayres Brito, a origem da palavra candidato é de cândido, puro, branco, sem máculas.

Akino Maringá, colaborador

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