Furos na declaração de bens de Ricardo Barros

Numa rápida análise da declaração de bens do candidato ao Senado, Ricardo Barros ( PP), apresentada ao TRE-PR, notamos que há furos. Constam como bens dois empréstimos junto ao Banco do Brasil, no valor de R$ 136.366,61, e Sicoob R$ 200.124,23. Igualmente considera bem um depósito que efetuado  em favor da empresa MBR , de sua propriedade, no valor de R$ 120.000,00. Ora, qualquer pessoa com o mínimo conhecimento de contabilidade sabe que empréstimos não são são bens, pelo contrário. Já suas duas fazendas no Piauí com áreas de 1.732 ha e 3.427 ha, declarou valores de  R$ 60.000,00 e R$ 30.000,00, respectivamente, ou seja R$ 34,64 por hectare ou R$ 83,83 por alqueire paulista, no caso da primeira e R$ 8,75 por ha ou R$ 21,18, por alqueire paulista.  Aparecem ainda como bens R$ 488.153,93 de capital na Rádio Jornal que só existe no papel, por conta dos  parcelamentos de impostos atrasados, que motivaram processo na Justiça Federal. Hoje sua sociedade na Nova Ingá é denominanda Frequencial emprendimentos e Comunicação Ltda, onde aparece com apenas R$ 8.000,00 de capital. Ao contrário de 2006, quando não declarou dinheiro em bancos e em caixa. Desta vez, a exemplo da deputada Cida Borghetti, diz possuir R$ 161.000,00 em dinheiro e mais cerca de R$ 9.400,00 em contas correntes.
Em resumo: Dá para acreditar que no Piauí ainda existam terras no valor de R$ 21,18 e  R$ 83,83, por alqueire? Isto mesmo, vinte e um reais e dezoito centavos. Qual seria a atividade? Pecuária, agricultura?  Por que guardar R$ 163.000,00 em casa?  Entendo que há muitos furos nesta declaração e caberia a Receita Federal fazer uma investigação sobre o patrimônio do deputado.

Akino Maringá, colaborador