Beto Richa terá que provar que não é nenhum Paulo Bernardo

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De Cícero Cattani:

Beto Richa começa a semana com um tema mais que cabeludo: explicar aos funcionários públicos paranaenses como pode uma empresa – a Zetra Soft – cobrar R$ 2,00 por empréstimo consignado do funcionalismo estadual, enquanto a Consist do escândalo que envolveu Paulo Bernardo e o PT cobrava pelo mesmo serviço R$ 1,25, do funcionalismo federal, e que o Serpro (a Celepar do governo federal) que assumiu o encargo, passou a cobrar R$ o,30?

“Queremos saber como se deu a contratação da Zetra Soft pelo Governo do Paraná, se houve processo licitatório, se a empresa foi beneficiada de alguma forma com a aprovação do PL 920/2015 que alterou as consignações em folhas de pagamentos dos servidores públicos. Vamos investigar e cobrar explicações do Governo do Estado”, se posicionou o líder da oposição na Assembleia, deputado Requião Filho.
A cobrança desproporcional das taxas abocanhadas dos salários do funcionalismo pode provocar as mesmas reações de um funcionária federal registradas pelo jornal O Globo:
“Há 16 anos, a servidora pública Ana Gori vê um empréstimo consignado abocanhar boa parte de seu salário. Uma dívida levou a outra e, pelas contas dela, só termina em 2022. Na quinta-feira, a angústia de Ana aumentou quando viu o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo ser preso na Operação Custo Brasil, da PF, por fraude no consignado contratado por meio da empresa Consist. Ana chorou quando soube que, além dos juros, ela contribuía também com a taxa mensal de R$ 0,70 de propina. Pelas investigações, Bernardo embolsou R$ 7 milhões em propina”.
A Oposição promete pôr mais lenha na fogueira de escândalos do governo Richa.
O que não dá é pra silenciar. (Foto: Orlando Kissner/AENotícias)

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