Após geada, produtores renovam seus cafezais

A sequência de fortes geadas este ano, que atingiu parte dos cafezais paranaenses, está levando cafeicultores a renovarem seus cafezais, segundo um novo modelo, adequado à mecanização. Com a crescente falta de mão de obra, esta é uma tendência natural, informa o engenheiro agrônomo Francisco Ubiratã Aires, o Bira, especialista em café da Cocamar. No município de São Jerônimo da Serra, segundo maior produtor de café do Paraná, o cafeicultor Dirceu Scerbo, dono de 218 hectares no distrito de Terra Nova, dos quais 73 hectares são ocupados com 390 mil pés em diversos espaçamentos e idades, é um dos que estão renovando a lavoura. “As mais velhas vinham de uma produção grande na última safra e sentiram muito com as geadas”, afirma.
Scerbo decidiu aproveitar o momento para arrancar 120 mil pés e replantar o café sistematizando os talhões para a mecanização. O produtor conta que já vinha buscando adequar as demais áreas de forma a permitir a entrada da máquina e o último plantio, há dois anos, já foi feito dentro do novo padrão. Outro cafeicultor que está renovando seu café é Antonio Gobbo, cuja família cuida de mais de 500 mil pés em 73 hectares dos 112 hectares que possui em São Jerônimo da Serra. A produtividade média é de 30 sacas beneficiadas por hectare. O produtor está arrancando e replantando praticamente metade da área atual, entre 250 a 300 mil pés de café, em 36 hectares, especialmente os talhões mais antigos, que já vinham reduzindo produtividade e que deveriam ser esqueletados este ano. “Vamos aproveitar para arrancar e começar do zero, já adaptado à mecanização”, completa. (Flamma)

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