Uma saída para Ricardo Barros

De Cícero Cattani:
Como afastar um secretário em sendo ele também presidente de um partido da base aliada? A presidente Dilma já de viu diante dessa situação. por exemplo, com Carlos Lupi, presidente do PDT. A desfecho do caso Ricardo Barros deverá se dar com a decisão do desembargador Rotoli Macado, mandando ou não processar o secretário da Indústria e Comércio. Há um pedido de prisão cautelar também pendente. Ricardo Barros sofreu a primeira derrota ao ver negado habeas corpus pedindo o trancamento do processo. O desembargador entendeu que as denúncias (são quase duas mil páginas) demandam exame mais apurado. Enquanto isso, Ricardo Barros passou a investir contra o MP. Ele acusa os promotores de uma sórdida perseguição que vem de longe. A corporação reagiu em defesa de seus membros. Briga feia, que vai exigir muita cautela do governador Beto Richa, ainda mais que estão jogo as eleições em Maringá e Londrina, onde o PSDB apoia os candidatos do PP. A melhor saía para o imbróglio e a menos traumática seria Barros colocar o cargo à disposição do governador. Antes que tenha de sair do governo pela porta do fundo – ou, pela janela, como o fez ao deixar a prefeitura de Maringá.

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